Tema ainda repercute pouco nas agências, enquanto empresas se associam a órgãos públicos para melhorar cidades
Cidades inteligentes são conhecidas como as que aliam poder público e privado em busca de soluções em tecnologia, comunicação e ações sociais para a constante melhoria da gestão urbana.
A Otima, empresa de OOH que administra os pontos de ônibus da capital paulista, tem investido nos chamados “abrigos hightech”, que conseguem, por meio da internet das coisas (IoT), identificar as condições climáticas e avisar aos usuários se há, por exemplo, alagamentos em determinadas regiões da cidade.
“Cada ponto de ônibus administrado por nós está se transformando em um catalizador de informações e microssistemas sobre ruas e bairros”, defende Ludhiana Brock, head de inovação da Otima.
“Rodamos esse projeto de IoT no fim do ano passado e, no começo deste ano a gente colocou em 30 pontos de ônibus em São Paulo”. O primeiro abrigo foi instalado em frente à sede do Google e traz funcionalidades como tomada de carregamento USB, wi-fi, tela digital onde é veiculada publicidade e dois painéis de transmissão em tempo real do itinerário e a localização dos ônibus. “Dentro desse abrigo, uma empresa vai conseguir patrocinar todas as ações para o usuário de transporte público”, afirma.
Por meio do Programa Connected Citizens (CCP), o Waze também atua em parceria com órgãos públicos seguindo o conceito de cidades inteligentes. O aplicativo de geolocalização promove o intercâmbio de informações com diferentes municípios para abastecer os usuários com dados públicos sobre incidentes e interdições de via.
“Em 2016, fizemos uma troca de informações com o governo do Rio de Janeiro e nas Olimpíadas tivemos a redução de 27% nos engarrafamentos”, esclarece Flávia Rosário, head de marketing, consumer e parcerias do Waze na América Latina.
Os dados auxiliam também no planejamento da coleta do lixo da cidade e, em Joinville (SC), houve mudança na rota de uma das principais avenidas, diminuindo o tempo de congestionamento no local.
Em 2018, a plataforma lançou o Waze Carpool, serviço de caronas compartilhadas. O Brasil foi um dos primeiros a receber a funcionalidade. De acordo com Douglas Tokuno, head do Waze Carpool na América Latina, o objetivo é aprimorar o trânsito unindo passageiros e motoristas que estão indo para a mesma região da cidade, como funcionários de empresas e alunos das universidades.
“O que buscamos é melhorar a relação das pessoas com o uso do carro, já que a tendência é aumentar os congestionamentos nas grandes cidades caso não consigamos criar infraestrutura na mesma velocidade que colocamos carros nas ruas. Nosso objetivo é aperfeiçoar o uso do carro com compartilhamento”, diz.
Para isso, a empresa fechou parcerias com Petrobras Distribuidora, Natura, Magazine Luiza, Nubank e IBM, no sentido de incentivar seus funcionários a deixar seus carros em casa e a usar o Waze Carpool. Segundo dados do aplicativo, o brasileiro utiliza o Waze durante uma hora e 34 minutos por dia em média, estes e outros números fizeram o país ter o primeiro time de marketing da região.
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